Para não errar na combinação de queijos e vinhos, vale a regra geral: serve-se vinho de sabor suave com queijo de sabor suave e vinho de sabor forte com queijo de sabor forte. Da harmonia entre os dois depende o sucesso do cardápio. Confira alguns exemplos de bons pares:
Queijo Característica Como Servir
Brie Gordo, cremoso e francês Com outros queijos ou carne.
Acompanhado de vinho branco
Chardonnay, para brie jovem,
ou tinto Shiraz, para brie
maduro.
Emmental Suíço, de casca rígida e salgado Em pratos de queijo e fondue.
Vai bem com vinhos tintos Pinot
Noir e Cabernet Sauvignon.
Gorgonzola Casca fina, polvilhado de ervas Cai muito bem com molhos de
salada e vinho tinto encorpado
do tipo San Giovese.
Gruyère Suíço, geralmente muito grande e duro Na tábua de queijos ou em
quiches e pratos gratinados.
Casa-se bem com vinho tinto Shiraz.
Parmesão Duro e de sabor picante Em saladas e carpaccio ou
ralado sobre massas.
Uma boa opção é ser escoltado
por vinho tinto Cabernet Sauvignon.
Camembert Pequeno e cremoso, coberto por uma Com pão ou maçã verde
c assca de mofo Com vinho tinto Shiraz, se o
camember for maduro, ou um
branco Chardonnay, se ele for jovem.
Escolha dos Vinhos
• Agrupe sempre vinhos semelhantes, isto é, reúna várias marcas de vinhos da mesma variedade;
• Agrupe os vinhos que contenham o mesmo teor de açúcar, isto é, vinhos doces num grupo, demi-sec em outro grupo e vinhos secos em um terceiro grupo;
• Cubra os rótulos, para evitar influência externa ou ascensão do favorecimento desta ou daquela marca;
• Entre um vinho e outro o ideal é apenas pão torrado de preferência e água;
• Se os vinhos a serem degustados forem poucos, os mesmos poderão ser bebidos. Se forem muitos, o ideal é apenas experimente na boca e jogue, para que ingestão de álcool não prejudique o julgamento dos últimos vinhos;
• Utilizar o mesmo tipo de taça e a mesma temperatura para todos os vinhos que estão sendo degustados;
• Entre a compra e a degustação o produto deverá permanecer em repouso, deitado, em local razoavelmente escuro, sem variações de temperatura e sem vibrações;
• Não use perfume, e principalmente não fume. Faça degustação numa sala arejada, sem odores fortes;
• Não coma antes da degustação, principalmente chocolate, que pela sua consistência “fecha”, durante um espaço de tempo as papilas gustativas;
• E por último faça a degustação sempre pensando em aprender alguma coisa. O resultado final sai mais exato se tirarmos esse preconceito da cabeça antes das degustações.
Como Conservar
Os vinhos tintos de guarda ou aqueles que permanecem na adega por períodos superiores a um ano sofrem certa inibição de seus aromas, devido ao ambiente redutor da garrafa.
Nestes casos, abrí-los antecipadamente (uma hora antes por exemplo) permite maior oxigenação do mesmo, suas propriedades ficarão mais ressaltadas, principalmente no que concerne ao aroma.
Todos os vinhos têm o seu nascimento determinado pela fermentação, depois amadurecem e envelhecem. Têm sua juventude, maturidade e morte.
Vinhos jovens devem ser consumidos em sua juventude. Os brancos geralmente em até 2 ou 3 anos; os tintos um pouco mais, em até 4 a 6 anos.
Os vinhos devem ser bem conservados. Quando os vinhos não são bem conservados, podem envelhecer precocemente, oxidar excessivamente, apresentando um cheiro aldeído e gosto desagradável; ou ainda avinagrar, tornando-se excessivamente ácidos e impotáveis.
Doenças também arruínam os vinhos e são estimuladas pelo mau ambiente de conservação. Uma clássica enfermidade que atinge os vinhos é a “doença da rolha”, que os franceses chamam de “buchonné”, causada por microorganismos que permanecem na cortiça e desabrocham com a umidade, na garrafa. Conferem cheiro e gosto de rolha ao vinho.
Por isso os vinhos devem ser conservados de forma adequada, em adegas ou depósitos que atendam a certos requisitos básicos:
Vejamos quais as condições para a correta conservação dos vinhos:
• Permanentemente DEITADAS, podem ser inclinadas, desde que a rolha fique totalmente encoberta pelo líquido, molhada; a rolha umedecida incha e veda bem a garrafa; se mantida seca (garrafa na vertical), a rolha encolhe, diminui de tamanho e permite que entre ar, o grande inimigo do vinho; ao mesmo tempo que sai álcool e substâncias voláteis se perdem;
• Numa TEMPERATURA BAIXA E MAIS OU MENOS CONSTANTE (16 a 18 ºC); a variação de temperatura submete o vinho a um stress que acaba por arruiná-lo; a alta temperatura envelhece o vinho precocemente e favorece a proliferação de microorganismos e o surgimento de fermentações indesejáveis;
• Em um AMBIENTE SOMBRIO, com pouca ou nenhuma luminosidade; a luz favorece a oxidação, o envelhecimento precoce e a degradação do vinho;
• LIVRE DE VIBRAÇÕES ou movimentações. Ruídos também são considerados vibrações.
• Em AMBIENTE AREJADO: os ambientes fechados, em que o ar não circula, se prestam para formação de mofos e bolores, que atacam os rótulos, a rolha e o vinho.
• Em ambiente com certa UMIDADE RELATIVA: nem tão alta que favoreça a ploriferação dos fungos, nem tão baixa que resseque a rolha;
• Em AMBIENTE LIVRE DE CHEIROS ou de produtos que exalem cheiros fortes, como solventes, tintas e desodorantes; os cheiram penetram pela rolha de cortiça, que respira e arruínam os aromas do vinho.
• O lugar certo para guardar os vinhos, portanto, deve ser reservado, arejado, escuro, com umidade média, silencioso, estável e isolado.
Pode ser uma simples prateleira com um pano preto fino de cortina, um armário com aberturas para o arejamento, ou mesmo um cintinho da casa. Mas que satisfaça as condições acima.
• Pode também ser uma boa adega, uma adega-gabinete climatizada, e assim por diante. Mas de preferência evite o vão das escadas... O local vai ter intensa trepidação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário